Pierre Edouard Leopold Verger (Paris, 4 de novembro de 1902 — Salvador, 11 de fevereiro de 1996) foi um fotográfo e um etnólogo autodidata franco-brasileiro. Assumiu o nome religioso Fatumbi.
Era também babalawo (sacerdote Yoruba) que dedicou a maior parte de sua vida ao estudo da diáspora africana - o comércio de escravo, as religiões afro-derivadas do novo mundo, e os fluxos culturais e econômicos resultando de e para a África.
Após a idade de 30 anos, depois de perder a família, Pierre Verger exerceu a carreira de fotógrafo jornalístico. A fotografia em preto e branco era sua especialidade. Usava uma máquina Rolleiflex que hoje se encontra na Fundação Pierre Verger.
As viagens subseqüentes dele são enfocadas nessa meta: a costa ocidental da África e Paramaribo (1948), Haiti (1949), e Cuba (1957). Depois de estudar a cultura Yoruba e suas influências no Brasil, Verger se tornou um iniciado da religião Candomblé, e exerceu seus rituais.
Definição de Verger sobre o Candomblé: "O Candomblé é para mim muito
interessante por ser uma religião de exaltação à personalidade das
pessoas. Onde se pode ser verdadeiramente como se é, e não o que a
sociedade pretende que o cidadão seja. Para pessoas que têm algo a
expressar através do inconsciente, o transe é a possibilidade do
inconsciente se mostrar".
Na entidade sem fins lucrativos Fundação Pierre Verger
em Salvador, que ele estabeleceu e continuou seu trabalho, guarda mais
de 63 mil fotografias e negativos tirados até 1973, como também os
documentos dele e correspondência.
Sobre a Fundação Pierre Verger, que quem fundou é o próprio Pierre Verger, em 1988, na cidade de Salvador, na Bahia.
Como fundador, mantenedor e presidente, ele doou à fundação todo o seu
acervo pessoal, reunido em décadas de viagens e pesquisas. São dezenas
de artigos, livros, 62 mil negativos fotográficos, gravações sonoras, filmes
em película e vídeo, além de uma coleção preciosa de documentos, fichas, correspondências, manuscritos e objetos.